O convívio é extremamente necessário à condição humana. Uma agenda não deve servir só para anotar canseiras e prazos de conclusão de trabalhos, princípio tão contrário à própria vida que se nos apresenta sem prazos de conclusão. Somos sociáveis, animais de hábitos gregários e propensos à confraternização e partilha das alegrias e embaraços diários. Enquanto tal, precisamos de nos preocupar seriamente com os momentos realmente úteis à nossa passagem, prescindindo de regras limitadoras da nossa predisposição para a festa, porque essa é uma urgência sensível dos amigos e familiares. É fundamental estarmos atentos às ofertas que a vida nos concede. Uma delas é o dom do encontro e da alegria. Combinadas de forma saudável, é como se uma nova inspiração penetrasse a nossa alma num cântico épico de eternidade. E porque valores como a amizade e o companheirismo nunca podem desvanecer, não é transgressão refrear os ritmos quotidianos em favor de recordações de situações inesquecíveis. A nossa história faz-se em conjunto para o conjunto, sempre mais marcante quanto mais aprofundados forem os apelos à união e contacto entre os membros de um grupo.
sábado, 29 de novembro de 2008
sexta-feira, 28 de novembro de 2008
DA GESTÃO DO TEMPO

quinta-feira, 27 de novembro de 2008
MEIOS A MAIS

quarta-feira, 26 de novembro de 2008
CONTAR PARA SABER
Trazer à luz acontecimentos idos, ou revelar situações meias perdidas na memória dos dias, é abrir a nossa presença aos outros. Quando o baú das recordações se escancara a quem não o esperava ficar a conhecer, outras surpresas daí vêm, misturadas com emoções mais reflectidas e mal ponderadas. Desabafar é, portanto, mais uma necessidade entre tantas outras, que fazem perder a inibição de quem a tem, e dão a ganhar comunhão de interesses a quem ouve. Saber ouvir é uma virtude. Saber contar com presença de espírito é uma arte. As histórias, as notícias, as crónicas da nossa vida devem ser abertas aos outros, em lições de fraternidade e sentido de crescimento humano. Se escolhermos bem a oportunidade para denunciar as nossas pulsões, mesmo que nos julguem em ridículo, é bom que saibam que somos pelo que pensamos melhor, e não pelo que os outros ajuizam pelo aceitável e socialmente adequado. Aí, nem sempre têm cabimento as boas palavras, porque esvaídas de sinceridade e realismo. Saber porque sim, também não é de bom tom. Preferimos saber para melhor conhecer.
terça-feira, 25 de novembro de 2008
AUTORIDADE ABERTA
A nossa história faz-se de muitas datas e lembranças. E quanto mais nos envolvemos na textura social, maiores são as possibilidades de podermos ser recordados pelos tempos fora. É assim, porque as responsabilidades aumentam e as relações se entretecem mais aprofundadamente. Não tendo projectos que impliquem núcleos assinaláveis de elementos, em número, pelo menos, sujeitamo-nos a perder uma autoridade de extrema importância para manter uma liderança partilhada e sempre aberta às críticas. Pena é que muitos não pensem desta forma, já que confundem, talvez sem se aperceberem - o que é nefasto - os conceitos de autoridade e mando. Quando a primeira escasseia, prevalece a segunda, num processo pesadamente incómodo para os subordinados. Porém, quando o convívio entre ambas se mostra de razoável relação, a autoridade reforça-se e o poder não se põe em questão. É aqui que a qualidade das lideranças falha, porquanto sem noção da proporção de juízos em que se deve trabalhar. Olha-se, depois, só para cima, com receio de avaliações desconsiderantes dos métodos de trabalho empregues, e não se actua com a humanidade própria de quem construiu paulatinamente os alicerces das funções que ocupa.
segunda-feira, 24 de novembro de 2008
O MAL BEM VESTIDO

domingo, 23 de novembro de 2008
AFIRMAR SEM RECEAR
Sem qualquer receio de poder ser contrariado pelo avanço de uma ideia arrojada, sentencio que qualquer tempo é o ideal para afirmar a nossa personalidade, ainda que nem sempre nos contextos mais adaptados à nossa forma de estar e sentir. Encobrir, gesto errado, os nossos pensamentos só porque do outro lado está alguém de juízos fáceis, não parece mais correcto, porquanto ilusório dos sentimentos em troca aberta e franca. Pretendendo que assim sempre seja, não nos devemos furtar à revelação transparente da nossa forma de compreender o mundo, eternamente disponível ao nosso domínio crítico construtivo. Temos raciocínio e experiências úteis para dispor ao serviço do colectivo, pois que somos em conjunto olhares e emoções sobre tudo o que vemos e sentimos. Ninguém é efectivamente neutro, perante as atitudes alheias ou notícias que conhece. Age consoante a sua espontaneidade ou ponderação, mediante códigos socialmente aceites e toleráveis, aberto às considerações dos outros e escudado numa personalidade estimada e plena de autonomia.
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