segunda-feira, 24 de novembro de 2008

O MAL BEM VESTIDO

Quando as relações entre profissionais roçam a desumanização, mormente por altivez e arrogância de origem anglo-saxónica, a julgar pela (de)formação, só nos resta perguntar pela consciência e moral de quem se pensa ariana. Raças puras, em actos públicos, mas corruptas, em costumes privados, dão-nos a entender auras de bem-culpar-os-outros, assumindo não querer mais conversar com este ou aquele colega. Criancices ou infantilidades, de quem é incapaz de olhar bem nos olhos os outros pelas diferenças que têm, e aceitar essas mesmas diferenças como forma de nos enriquecermos mutuamente. As actividades que desenvolvem tudo delas exigem, e pensam ter lugares guardados nos cumes das tomadas de decisões. Lá, onde sempre se olha de cima para baixo; onde ninguém pode reclamar ajudas, porque faz mal olhar de soslaio sequer. Pensam que todas as pessoas que olham para si desejam ser iguais, porque encarnando todas as virtudes. Para elas, os defeitos só podem estar nos outros, que chamam de longe atenções doces de humildade. Nunca souberam valores desses, nem acham que o mundo nem sempre pode ser visto às cores. Cinzentas por dentro, enegrecem os futuros de quem com elas partilha o espaço, deixando à sua volta um rasto de penúria a que um dia ficarão agarradas, eternamente meninas transformadas em celibatárias devotas de gabinetes escusos.

Sem comentários: