
A conclusão de uma etapa é um estado necessário da organização temporal. Reposiciona o indivíduo e apura as capacidades humanas de concretização. De outra forma, é na reconfiguração de desafios que assumimos a nossa condição de construtores de um mundo mais perfeito e que se (re)faz de horizontes em criação constante, ou não fôssemos hábeis na projecção de vontades e sentidos no futuro, onde, sem conhecimento certo algum, tudo parece ser possível. De etapa vencida a etapa prometida, assim os humanos derrubem muros, criem outras fronteiras e viajem rumo a impossíveis ontem assim julgados. É que não somos mais uma confirmação do passado - somos, outrossim, a audácia fecunda de novos estádios de matéria inalcansável. E procuramos, ainda que sem absolutas certezas, níveis de realização que despertem vindouros a novas conquistas, ao invés de ancorarmos o que já conhecemos num tempo invariável e disposto para arquivo.