terça-feira, 25 de novembro de 2008

AUTORIDADE ABERTA

A nossa história faz-se de muitas datas e lembranças. E quanto mais nos envolvemos na textura social, maiores são as possibilidades de podermos ser recordados pelos tempos fora. É assim, porque as responsabilidades aumentam e as relações se entretecem mais aprofundadamente. Não tendo projectos que impliquem núcleos assinaláveis de elementos, em número, pelo menos, sujeitamo-nos a perder uma autoridade de extrema importância para manter uma liderança partilhada e sempre aberta às críticas. Pena é que muitos não pensem desta forma, já que confundem, talvez sem se aperceberem - o que é nefasto - os conceitos de autoridade e mando. Quando a primeira escasseia, prevalece a segunda, num processo pesadamente incómodo para os subordinados. Porém, quando o convívio entre ambas se mostra de razoável relação, a autoridade reforça-se e o poder não se põe em questão. É aqui que a qualidade das lideranças falha, porquanto sem noção da proporção de juízos em que se deve trabalhar. Olha-se, depois, só para cima, com receio de avaliações desconsiderantes dos métodos de trabalho empregues, e não se actua com a humanidade própria de quem construiu paulatinamente os alicerces das funções que ocupa.

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