quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

ACEITAR A DIFERENÇA

A vida é rica em surpresas. Surpreendemo-nos porque recebemos um trabalho inoportuno; porque gastámos o nosso precioso tempo de forma inútil; porque encontrámos, indesejada, uma pessoas negativamente surpreendente, porque altiva e distante nas desumanas funções que ocupa. Umas mais felizes que outras, quando não tão angustiantes quanto o desgaste que implicam, não as podemos rejeitar pela razão de não estarem nas previsões. Se é que estamos sempre a fazê-las... Posicionarmo-nos de atitude mais ou menos coordenada com as dádivas oferecidas, parece garantir estabilidade ao nosso crescimento e não é mau ter de admitir que fomos tocados por um momento benéfico. Isso foi logo que nascemos, por nos sentirmos iguais a outros a nós diferentes. E quão agradável é perceber que podemos ter autonomia suficiente para ir ao encontro dos nossos mais íntimos desejos. Porque queremos realizá-los, temos mobilidade para agir e capacidades para olhar, ouvir, tocar, saborear e cheirar. Ter a noção da vantagem que é ser provido de sentidos, já é uma ampla vitória, donde servirmo-nos deles da forma mais ajustada é a maior riqueza que temos.

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