Numa sociedade que se pretende marcada pela inovação, nomeadamente de ordem tecnológica, numa lógica ironicamente distante dos utilizadores, ainda vai sobrando lugar para os suportes clássicos de informação, como o jornal ou o livro. Em depósito mais ou menos vivo nas bibliotecas públicas, onde o conhecimento está ao alcance partilhado da população, os livros e os periódicos abrem-se à curiosidade sem idade, e com eles sabe bem ter o saber transformado na história que se tece a cada dia que passa. Porque passamos sobre coisas que passam, cabe-nos fixar a exclusividade de cada gesto ou página de brilho novo dado gratuitamente. Estaremos aptos a usufruir das vantagens do inovador acesso às fontes de informação, se formados para dominar a variedade de recursos existentes. Participamos na vida como pessoas gradualmente enriquecidas pela educação e aporte de conhecimentos, e afirmamo-nos consoante o uso que fazemos deles. Mais cultos são os que, perante um quadro de desconforto e instabilidade cognitiva, conseguem contornar o desequilíbrio originado na satisfação de uma necessidade. E quanto maior for o nível de formação, maior será o raciocínio empregue na solução do problema. Como construtores do futuro, num presente em progresso, é pela leitura que percebemos as virtudes da inteligência que nos pode levar longe, muito longe.
segunda-feira, 15 de dezembro de 2008
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