segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

DO PROFANO OU NÃO

O profano nem sempre coabita em equilíbrio com o sagrado. Quando a balança pende mais para um dos lados, quem perde é a própria existência, donde a urgência de procurarmos captar do sobrenatural a nossa satisfação de reconhecer que somos mesmo limitados e de pequenez cimeira. Ainda haverá muitas pessoas que entendem impossível a associação de perspectivas, optando prioritariamente pela perspectiva materialista no entendimento do mundo. A estabilidade entre ambas pode concorrer para o nosso bem-estar, se soubermos dar campo suficiente para que cada uma se expresse livremente e dentro dos limites da tolerância, da concórdia e da condescendência. Estando próximos destes valores, mais perto ficamos de poder criar e manter laços de verdadeira fraternidade e conciliação. Os nossos comportamentos, enquanto provas da formação individual, revelam jeitos e intenções adquiridos ao longo da vida, pelo que se devem orientar na linha da honestidade, seriedade e liberdade. Porque sentimos que pode muito bem ser na diferença que a nossa forma de ser e de viver deixa marca visível, procuramos defender uma atitude aberta e franca de assumir as nossas escolhas, sejam elas de ordem sagrada ou não. Estar de bem com os outros, mesmo perante opções profundas de formação, implica estar bem connosco próprios, na assumpção de critérios de conduta pelos quais entendemos, sem rodeios, pautar a nossa vida, sempre dentro de parâmetros de lealdade para com aqueles que tomaram importantes decisões por nós, nas idades de ausência de memória consciente.

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