terça-feira, 9 de dezembro de 2008

CONTAS QUE CONTAM

Na (in)fidelidade crua dos números, lá vamos mantendo a esperança em que todas as nossas contas batam certo, nem sempre atendendo da forma mais acertada aos imponderáveis dos tempos modernos. Efeitos breves sobre efeitos repetidos, dos muito modernos, aí estão de vez a perturbar seriamente a confiança nas cifras, não raro substituta da confiança nos próprios donos das contas. Calma, pedem, e muita!, para aplacar as ondas de choque vindas de fora, como é histórico, lá dizemos. Depois, há o efeito de cada notícia publicada, demasiadamente grande para ser secundarizado, sobretudo quando se trata de ter políticos a fariscar os milhões que tilintam dos impostos contrafeitos dos cidadãos avezados pelas obrigações antigas. Também os bancos parecem aprender agora como resistir às contingências dos sucessivos panoramas ilusórios que foram criando. Bancos brancos de honestidade, que, essa, nunca se contou em moedas, senão em notas de boa monta, das que se guardam na bolsa da educação e lisura. Foi no que deu, olhar para as acções dos outros com ares farisaicos de avarentos podres. Queremos as nossas acções em alta, contando só com o que temos e que achamos sempre pouco, ignorando cegamente o rumo que podem tomar, caso passemos ao lado das parcelas de valores que nunca se devem arredar das nossas contas certas.

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