domingo, 1 de novembro de 2009

DIA DE REENCONTRO

Sem receio de estarmos próximos de qualquer embuste de linguagem, podemos afirmar que andamos na vida como que em viagem. Com a grande diferença, entre outras, que é a de não saber muito bem o itinerário nos primeiros anos. Vai-se desenhando, paulatinamente, em função do que observamos, ouvimos e aprendemos das vontades misturadas dos que connosco convivem. E cresce, em maior ou menor redundância construtiva, à medida dos nossos caprichos, anseios e virtudes, de forma sempre singular. Somos únicos, pois assim, porque ninguém se atreve a derrotar o entendimento que se tem do mundo, mesmo que se julgue inoportuno e desarticulado da realidade. Cada indivíduo é a imagem do seu próprio mundo em curso, não cabendo, por respeito solidário, a reprovação de comportamentos vistos à luz das nossas aptidões e tendências. A história constrói-nos para sermos (novos) construtores de um mundo em jornada, ajudados pelas palavras e exemplos de quem nos precedeu. Neles estão as nossas referências úteis e imprescindíveis para poder estar na vida de forma coerente e arrogada, pois assim o quiseram. Modelos vivos, como queremos ser, e novos agentes de uma humanidade em transformação, capazes de estar sempre prontos a abrir caminhos decididos e propícios à participação de quantos queiram seguir rumos certos e de amplos horizontes por descobrir. E porque a viagem não pode terminar sem que descubramos algo de verdadeiramente intenso, a única coisa a fazer que nos resta é mesmo nunca desistir de manter genuína a orientação que nos revela.

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