terça-feira, 20 de janeiro de 2009

ACREDITAR NA MUDANÇA

Comprometer uma comunidade restrita em desafios sociais já é, de si, uma obra de monta, sobretudo no momento em que verificamos a utilidade e a importância dos projectos em curso. Agora, quando essa comunidade está propagada pelo mundo inteiro, apostar na transformação global é uma faina de grande pulso, só para verdadeiros líderes e homens de coragem ímpar. Proclamar uma vitória pessoal nem é algo que se estranhe, tratando-se de uma figura de nomeada, mas definir metas de alcance quase universal e levar na sua moral de vitória milhões pelo mundo fora, é, logo à partida, um aporte inefável de segurança e, mais que tudo, de esperança. É isso que o mundo procura, há muito tempo e em lugares perdidos nas poeiras desfeitas do imemorial. A troco de queremos pacificar as horas perturbantes que passamos dia-a-dia, todos precisamos acreditar numa mudança que seja realmente potenciadora de sempre inovadores aperfeiçoamentos, e geradora de bem-estar e equilíbrio. A história lá nos reserva sinais que nos ensinam a estar em permanente atenção com o mundo, como é o caso da cerimónia que marcou este dia. Não mais que uma data para lembrar nos anais da política, num compromisso com uma geração que reclama novos movimentos em favor de justas e imperiosas correcções. Cinco dias depois de se completarem oitenta anos do nascimento de um dos mais célebres activistas dos direitos humanos, que sirva a lembrança para nunca, mas mesmo nunca, deixar cair no esquecimento dos homens do futuro a importância de saber resistir sempre. Os que nasceram para consubstanciar os desígnios de milhares ou milhões, são os que mais radicalmente souberam defender os valores da vida; os que mais intemporalmente defenderam os valores eternos e que vivem para sempre, como eles.

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