quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

RECEBER A LUZ


Estaremos prontos a nascer para as coisas novas do quotidiano? Que fazer, quando a nova luz estiver bem próxima e pedir para entrar? Recebê-la-emos em paz e em liberdade total? Saberemos mantê-la acesa por mais um ano, pelo menos, sem deixar que se apague cá dentro o seu significado? Não importa a hora a que pede para entrar na casa do nosso coração. Queremos que seja mais uma visita duradoura e que a sua presença perdure por muito tempo, porque afirmamos na natividade a permanência dos bons sinais nas nossas relações. Fica-nos um papel por demais decisivo nesta incitação para sempre: alimentar a chama que alenta faz-nos descobrir uma capacidade nova e feliz que é a de estarmos a crescer para um mundo novo. Ele não espera por nós. Juntos, conseguimos construí-lo com outra harmonia, dando-lhe mais cor e despertando os homens ensonados para a surpresa de festa que existe em cada dia. Muitos chefes e homens de números não percebem isto, porque atidos a rigores burocráticos e a justificações tecnocráticas, distantes das simples formas de perceber as realizações limpas e sinceras dos sinais da vida. Deixar entrar em nós a luz do que é despretensioso, é promover o encontro com as evidências incomplexas e naturais. De onde e como nascemos.

Sem comentários: