terça-feira, 18 de novembro de 2008

AS PALAVRAS REVELAM-NOS

A linguagem que usamos é a maior prova da nossa versatilidade como falantes. Adaptamo-nos a diferentes situações, moldados pelos contextos em que vivemos, e denunciamos as nossas opiniões num olhar, num gesto, num traço de rosto ou numa palavra, forma mais completa de expressarmos o nosso mundo. As palavras marginam o nosso raciocínio e amplificam as intenções que gradualmente crescem no interior. A partilha dessa realidade abstracta, como construção autónoma e mais ou menos definida, depende, portanto, de um acto consciente e adoptado como correcto, de modo a consolidar a nossa afirmação no espaço que ocupamos. Cada palavra, transformada e transformadora, é uma imagem nossa revelada ao outro, pelo que se torna de capital relevância ponderá-la nos usos e intencionalidades objectivas finais. Quanto mais aproximarmos as palavras de que nos servimos aos bons motivos a elas associados, mais nos unimos em pensamentos realmente únicos. Não dos que nos roubam a visão periférica do que nos rodeia, mas daqueles que nos fazem encaminhar em direcção ao sentido gregário tão característico do género humano.

Sem comentários: