domingo, 16 de novembro de 2008

ACENAR PARA NÃO ESQUECER

O afastamento das pessoas gera sentimentos de abandono e perda, quando a distância aflige mais que o aceno de separação. São esses gestos finais que ficam registados na memória e se avivam quando evocamos os nomes dos que nos marcaram, porque com as etapas e mistérios da vida explicados em lições irrepetíveis. Não surpreende, pois, que uma despedida para sempre traga dores indeléveis, uma vez conscientes da ausência do outro. Aprendamos a elevar o seu sentido de presença, durante a estadia na Terra, porquanto únicos capazes de perpetuar a aura de convivência existente. Nutri-la, como meio de garantir a história dos nossos percursos, faz-nos exemplo perante o outro, se agirmos sob princípios de lealdade, honestidade e verdade. Recordar pessoas quando assim foram, é limpar energias negativas e hábitos sujos que os dias pouco mais que cinzentos nos dão, agravados, também eles, pela escassez de momentos de interiorização. No fim, perante o inevitável, lamentamos os tempos gastos com futilidades, ao invés de defendermos a presença funda do outro em nós.

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