domingo, 3 de janeiro de 2010

DE VOLTA ÀS ROTINAS

É domingo nos calendários e nos ritos de tradição convicta. É um dia diferente do anterior, a chamar a um descanso merecido e inspirador para quem assim o entender. É tempo de dar tempo a nós mesmos, despertando para os silêncios hospitaleiros que povoam as nossas casas como é habitual, uma vez dispensados das azáfamas comprometidas com o lado mais material da vida. Isso fica para os outros dias, que neste temos de agir com calma e ponderação, para melhor condizer com as melhorias de aparência. Procuramos alinhar em dia as conversas suspensas antes e olhamos para o presente de uma maneira mais encorajada, porquanto termos esperado seis dias para nos libertarmos de umas obrigações vistas como dominadoras da nossa gentia tendência para recusar o cumprimento de um horário ou uma palavra de ordem de um superior. Para o comum dos cidadãos, ao domingo não há chefias a respeitar, nem ordens a prestar a subordinados, a não ser para prestar umas contas aos vícios que muito persistem em manter, seja de âmbito desportivo, musical e afim. Queremos deixar de pensar na vida dos outros, para pensar mais na nossa, o que nem sempre efectivamente sucede, dado sermos pertença do quadro de relações familiares e estarmos integrados num núcleo que reclama a nossa presença única para marcar o momento de estarmos presentes a viver o maior presente que é o de criar memória comungável.

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