segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

PROTELAR SEM ESMORECER

Porque, nas relações interpessoais e profissionais, nos vemos muito frequentemente perante o conflito de aceitar ou rejeitar determinada proposta vinda de fora, devemos procurar aprender a saber prescindir das nossas próprias perspectivas. Quando é mais importante «dar o braço a torcer», que radicalizar uma atitude e impor uma posição nem sempre de acordo com as melhores linhas de conduta. Aliás, tudo o que nasce do exagero não traz boas consequências, pelo que não é através de um comportamento radical que se formam as estruturas de relacionamento individuais ou colectivas. Confrontados com atitudes que excedem a compreensão equilibrada das diferentes situações, restam-nos duas reacções: intervir, na autoridade consignada pela hierarquia, de um modo oportuno e eficiente, ou procurar levar as partes envolvidas ao posterior entendimento dos motivos geradores deste ou daquele conflito. Melhor será mesmo dar tempo para que os contendores reflictam e procedam à reparação dos problemas por sua livre iniciativa. Nesse sentido, será preferível considerar outro tempo futuro para a resolução definitiva de um problema, não importa a amplitude do mesmo. Pior será esmorecer, deixando de sujeitar os resultados à avaliação dos mais directos intervenientes, facto que traz muito mais vantagens, ainda que em contra-ciclo face ao decurso do tempo. Numa perspectiva mais pedagógica, dar tempo pode ser até a «solução» mais adequada. Claro, se todos acordarem refazer o seu empenho em favor da melhoria dos resultados finais.

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