domingo, 25 de janeiro de 2009

O CONTRIBUTO NA HORA CERTA

Surpreendidos por uma fase muito crítica, no que à economia diz respeito, assaltados pela brusca perda de poder de compra, somos em crer não ter existido suficiente prudência para precaver os sobressaltos ora muito preocupantes. Parece, inclusivamente, não ter havido suficiente e consciente preparação dos que hoje se apresentam como especialistas nesta área de actuação. E que dizer de opções políticas extremamente duvidosas antes tomadas a contento de regimes orientados por normas de governação perniciosas, criando noções erradas de democracia e afastando progressivamente os cidadãos dos campos de intervenção fundamentais da vida comunitária. Uma fase já muito crítica das nossas relações como pessoas, com atitudes a roçar a descortesia, que impedem a melhor abertura nas trocas de diálogo. Momentos a exigir mais acerto e ponderação, em ordem a revelar aquelas competências interpessoais há muito desusadas, como uma boa conversa sem as pressas rotinadas de gente aflita com agendas de compromissos esvaziados em horas mortas. Saber estar presente na hora certa, com a afirmação certa, definido o dia certo para contribuir com uma garantia de fidelidade e certeza num valor acordado, pode transformar o rumo da vida de uma pessoa. Estes acontecimentos também podem funcionar como alertas à nossa própria condição de vulnerabilidade, pois sujeitos como todos aos desgastes que os tempos provocam.

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